17 de agosto de 2007

Missa Mineira

MISSA MINEIRA Letra: Francisco Reis Bastos. Música: Arlindo Maciel Nos tempos de antigamente, JESUS deu o ar de sua graça. Celebrou a Santa Missa com pão e vinho na taça. Hábitos mudam com o tempo Não há o que não se faça Ontem um contratempo Hoje diamante sem jaça. Se fosse nos dias de hoje, em Minas, que tudo ultrapassa, Cristo rezaria a missa com pão de queijo e cachaça. Cachaça Ca-Mon-Bá, melhor não há ! Tel: 31-99 82 09 39

Músicas

C H I C O B A S T O S Voz, letra e música CARLA (Música: Guido Guglielmelli) Pelas ruas de Oliveira Encontrei bela morena Ela é tão graciosa Menina - moça , apenas. Tem o charme no andar Elegância que embala Quando passa numa roda, Todos param, ninguém fala! Seu olhar negro e sereno De uma musa italiana Parece fazer um aceno Um convite: apaixona! Ao passar deixa no ar A flagrância que exala Todos dizem a uma só voz: Viva a Carla ! Viva a Carla! TRES MENINaS Tenho três menininhas, todas três bonitinhas, que me encantam, que me encantam por demais. Uma é loura e ativa a Bazinha é muito viva peripécias, peripécias ela faz. A Moninha é a morena faz carinho às dezenas, peraltices, peraltices, muito mais. E a neném que vai chegar? de que jeito ela será? Será linda, será linda por demais. Quando chego do trabalho é que sei o quanto vale alegria, alegria e muita paz. Minhas filhas são a alegria de toda a nossa familia. Elas simplesmente são demais CÂNDIDA Todo dia bem cedinho, / Quem me acorda de manhã? Quem corre para mim, / Rindo como uma fã? É a Can-can! Quem anda pela casa /Todinha folgazã? Quem sopra os peixinhos /Sempre com muito afã? -É a Can-can! - Do cobertor de lã! Inteligente e carinhosa / Ela é meiga, é uma beleza E sem ela não sei viver / É uma flor da natureza! BARBARA BELA Letra: T A Gonzaga e F R Bastos Música: Francisco R Bastos Bárbara bela do norte estrela / Que meu destino sabe guiar De ti ausente triste somente / As horas passo a suspirar. Bárbara bela. Bá tagarela Barbarela. Não é à toa. Cineasta. Inteligente. Brava, brigona. É muito boa. SAMBA DE AMOR De manhã, você sai prá trabalhar Trabalha, trabalha sem me ver Longe de você eu Fico o dia inteiro Isto assim não pode ser. Já em casa sentada ali na mesa Eu lhe vejo tão faceira Eu não quero meia Euza Quero a minha deusa inteira! Ai, ai, ai meu amor / Eu te amo demais E seja onde for / Com você tudo bem LOVEDROPS Meu Lovedrops , Eu não vivo sem você Este amor que é tão grande Só pode crescer Dá calor e me dá sorte Não pode morrer. O que alimenta o meu amor É a mais linda poesia Que nasce no meu coração Por você em noite e dia MORRO DO FERRO O meu recanto na Serra É um ponto alto da terra Onde espertos canarinhos Vem construir os seus ninhos. O ar puro de suas montanhas Muito verde em suas entranhas Vem colorir nossos dias Com paz e muita alegria. O azul do céu infinito À noite me deixa encantado Gente como é tão bonito Este meu céu estrelado! As águas do rio Jacaré Lavam minh´alma sentida E dão força com muita fé Para melhorar minha vida. Por entre várzeas e campos Junto a amigos tantos Na vida o que eu mais quero É curtir Morro do Ferro. A VIDA VALE Meu bem não chore se hoje está ruim Talvez não demore, a tristeza ter seu fim. Procure ver ao seu redor Olhe que o sol brilha pra você Viveremos um dia melhor E feliz você vai ver. A vida é bela e colorida Vamos viver um alto astral Não quero você deprimida Ser feliz é o tempero e é o sal. Tenho tanto a fazer Tenho tantas opções Que me alegram o coração E sei que não vou morrer. A chuva, o sol e o vento A música e o sexo Tudo leva o meu pensamento A um extase completo. O T E M P O Meu amor, você me pediu tempo. Tempo para refletir e pensar. E eu fiquei atordoado. Ia até desesperar O tempo pode temperar Poderá até contemporizar. Mas pode também apagar. Este tempo é contratempo. É perda de tempo. Para que tempo e hora, se eu atento lhe adoro? Para que tempo e hora , se você também me adora? O que intento, com afinco, é lhe mostrar que sinto que todo o tempo é pouco, para viver o louco desse nosso amor!

Músicas

MARCILÉIA (Música de Guido Guglielmelli) Tem tanta gente no mundo que não sabe nada do que faz Passa a vida, não vai fundo não realiza, é incapaz. Outros conseguem tomar beleza, trabalho e família Equilíbrio e arte somar Firmeza e carinho de filha Encontrei em Marciléia a leveza De uma força com talento e beleza. Discreta, trabalhadora É boa professora. Bis Tem amor ao ensino com toda natureza. Seu solo de saxofone Seu empenho de artista zelosa. Enfeitam com harmonia A “Lira” mais “glamourosa”. BELO HORIZONTE Quero que você me diga Se melhor cidade há Se há gente mais amiga Que na minha Beagá. Procurei por todo o mundo Entre bares, vales, montes Fui de leve e fui profundo Para achar Belo Horizonte. Que beleza a Pampulha moderna A serra do curral é moldura eterna De um cenário de ruas e avenidas Enfeitadas e todas floridas. Coro: Eu vaguei por toda parte E só aqui eu vi Que a grande arte É Belo Horizonte! C A N A V I A L Voz de Cristiano Plantei com carinho, um lindo canavial. Arei e adubei, eu era o maioral. Fiz curva de nível, corrigi a terra Plantei belas mudas, vindas lá da Serra. Durante cem dias fiz capina diária Cuidei dedicado, combati a praguiária Então ficou lindo aquele panorama. Dizia a todo mundo: Que belo mar de cana! E aí, um triste dia, véspera de São João, Veio minha tragédia, minha desilusão. Meu vizinho, infeliz, sem querer me magoar Foi o autor da desgraça, veio minha cana queimar. Foi um corre-corre. Fumaça muita chama Fogo morro acima, logo esparrama. Aceiro e contra-fogo. Muita gente e até trator. Tentando segurar o fogo malfeitor A luta foi brava. Durou o dia inteiro. Foi o fogo que venceu. Mostrou ser o primeiro. Deste episódio terrível, contra este fogo louco Ficou a grande lição : -Todo cuidado é pouco!

10 de agosto de 2007

Entrevista na Rádio América

Entrevista na Rádio América, sobre o tema: Varizes, o tratamento com espuma.

5 de agosto de 2007

Contracontos

O recém-lançado livro CONTRACONTOS, de FRANCISCO BASTOS, já se encontra disponível para aquisição em todas as LIVRARIAS LEITURA, AGÊNCIA STATUS (Savassi) e COOPMED (Faculdade de Medicina) CONTRACONTOS traz 28 crônicas do autor, mais de 30 ilustrações do cartunista Nilson Azevedo e prefácio do escritor Olavo Romano.

Medicina, Música e Literatura

Medicina, Música e Literatura "Nas páginas destes Contracontos, a gente pode virar menino, avistar o mundo do alto de um pé de manga; reparar nos bichos de pena, pêlo e couro, cores e cantigas; escutar o marulho do rego d'água, território de intermináveis viagens; presenciar o rumor da piracema, vida renovada entre saltos e sustos. Como água debaixo da ponte, passaram também os dias da infância da roça-de matar porco, lufa-lufa interminável; de fazer biscoito, fartura de não acabar nunca." Olavo Romano trecho extraído do livro CONTRACONTOS, de autoria do Dr. Francisco Reis Bastos.

Varizes & Espumas

O FUTURO CHEGOU AS VARIZES por dr Francisco Reis Bastos Consultorio: rua dos Otoni, 909/411 Medcenter - BELO HORIZONTE Tel: 31-3273 0610 Uma das doencas mais antigas da humanidade acomete cerca de 20 a 30 % da populacao. Foi tratada de inumeras maneiras, desde os tempos do Egito e da Grecia atraves de varios expedientes como as faixas ou ataduras. Estas eram colocadas apertando as pernas de maneira que ajudavam, pressionando por fora, o sangue subir em direcao ao coracao. Quem tem varizes tem dilatacoes venosas que atrapalham a drenagem adequada do sangue. CAUSAS As varizes sao causadas por multiplos fatores. Na verdade e' a soma deste fatores que vao causar a doenca incuravel que sao as varizes. Entre os fatores mais importantes citamos a origem genetica das varizes, ou seja, a pessoa nasce condicionada a ter uma veia "fraca". Geralmente os pais ou avos possuem a doenca tambem. Trabalhar em pe', ou assentado durante longos periodos piora a doenca. Obesidade, vida sedentaria, constipacao intestinal, asma bronquica tambem agravam o quadro. MEIAS ELASTICAS Desde a Inglaterra antiga foram criadas as meias elasticas, que a cada dia, incorporam novas tecnologias no sentido de ajudar o sangue a subir em direcao ao coracao. Foi acrescentado a borracha - um fio elastico que tornou-se elastano e ate' fios especiais como o Tactel com propriedades de adaptacao climatica. Tudo para tornar mais confortavel e para melhorar o trabalho de encaminhar o sangue perna acima. CIRURGIAS Inumeras estrategias foram elaboradas no sentido de corrigir as veias doentes. Longas incisoes na pele foram feitas para a extracao de veias doentes. Estes cortes foram diminuindo cada vez mais chegando `as minimas incisoes com agulhas de crochet. Quando a veia safena estava doente eram realizadas tecnicas chamadas de "stripping" ou seja, arrancamento das veias com aparelhos proprios que penetravam do tornozelo a virilha. Amarrados a veia eram retirados levando consigo a veia condenada. Algumas tecnicas de recuperacao de veias foram tentadas como o uso de manchao de silicone por fora da veia. Foi tentado tambem uma intervencao dentro das veias - plastica interna - para recuperar valvas doentes. Estas tecnicas traziam beneficios pois se retiravam as veias doentes e as restantes se organizavam para fazer o trabalho de drenagem adequada do sangue. A ESCLEROTERAPIA COM ESPUMA Feita a mais de 150 anos, a escleroterapia atinge agora a sua maioridade. Varios medicamentos foram utilizados para se fazer a escleroterapia. Assim, a farmacologia deles e' cada dia mais conhecida pelos cientistas. A grande revolucao no tratamento das varizes ocorreu com a espuma que aumentou o poder esclerosante e permitiu que a tecnica se alargasse na indicacao de veias que ate' entao so' podiam ser controladas com cirurgia. A escleroterapia com medicamentos liquidos era feita para as pequenas veias. A espuma permite tratar veias de qualquer tamanho. Isto levou os profs Robert Weiss e The-Shao Hsu a escreverem que "uma nova era surgiu no tratamento das varizes". Na verdade esta tecnica moderna foi ajudada pela atual tecnologia de exames sofisticados com o ecodopler venoso e a transiluminacao com luz fria. A espuma e' visivel com estes aparelhos e eles permitem o acompanhento detalhado do tratamento. Se fizermos a comparacao entre a cirurgia e a espuma veremos que aquela pede hospital, anestesia, seis a sete prfissionais de saude, repouso de pelo menos uma semana. A espuma pode ser feita no consultorio, e' indolor e o paciente sai com sua meia elastica caminhando. CONCLUSAO Sabemos que as varizes contituem uma doenca que nao tem cura mas a cada dia constatamos ser mais facil o seu controle. A escleroterapia com espuma de polidocanol torna mais facil evitar a degeneracao da doenca. Melhor para os medicos, melhor para a sociedade e principalmente, melhor para o paciente. Quem sou eu Francisco Bastos angiologista e cirurgião vascular

14 de junho de 2007

Contato com o Autor

O recém-lançado livro CONTRACONTOS, de FRANCISCO BASTOS,

já se encontra disponível para aquisição em

todas as LIVRARIAS LEITURA,

AGÊNCIA STATUS (Savassi) e

COOPMED (Faculdade de Medicina)

CONTRACONTOS traz 28 crônicas do autor,

mais de 30 ilustrações do cartunista Nilson Azevedo e prefácio do escritor Olavo Romano.

Música na Praça

Ontem eu fui à praça.

Anteontem eu fui à praça.

E fui à praça em quase todos os dias da semana que passou.

Porque as praças de Belo Horizonte viveram suas vocações.

Porque as praças de Belo Horizonte se tornaram os templos em que a gente de verdade conversa com Deus.

É que rolou uma das mais lindas promoções que já vi por aqui, a Festa da Música.

Foram 10 dias de música instrumental nas praças, museus e espaços públicos, música da melhor qualidade, e gratuita.

Apesar da beleza das apresentações em espaços fechados (Turíbio Santos, Violões do Horizonte, maravilhosos), vou falar das praças.

Na sexta-feira, na praça Floriano Peixoto, fui sozinho, e me encontrei com o povo, com amigos, com a lua cheia e com a poesia. O saxofone do Klebinho Alves, a bateria do André Limão e o piano carioca de Gilson Peranzzetta, que não conhecia. A alma fica grata, porque é um encontro com o divino humano a poesia de tão bela música, ampliada pelo luar beijando a praça.

No sábado, aí com meu amor a meu lado, pois orar na praça a dois vale muito mais tempo de paraíso, assistimos ao maestre (porque é mestre e maestro) Juarez Moreira,), e a ginga malandra da oração profana do Paulo Moura, meu Deus, como oramos. E aí bem paramentados, porque levei vinho, taça e queijo, ainda ficamos vigiando a lua escalar a serra do Curral. Apareceu lá pelas oito e meia, faltando pedaço que a serra é íngreme. Mas não menos bela, e ainda com uma halo de frio, de romântico e de mais poesia.

E no domingo não deu pra ver o som sublime de Marcus Viana, mas o som movimentado das cordas de Weber Lopes, o Limão outra vez na bateria, e depois o som iluminado de Yamandu Costa, com a sanfona de Alessandro Kramer. Som iluminado, porque Yamandu fechou a festa com um dos sons mais inspirados que já ouvi. Dava pra perceber a imensa egrégora que ali se juntou, a da turma do aqui, nós todos nas cadeiras, em pé, no anfiteatro formado pelo gramado, e a turma do outro lado, egrégora invisível, ali cantando e bailando, porque foi poderosa a oração de encerramento. Os pingos da chuva convenceram poucos a irem embora, e no mais serviu para umedecer os corações que iam, alto, vivendo o sursum corda que naquela missa se propunha. Yamandu ainda falou, se desculpando por estar seco lá no palco, que o pai dizia que não adiantava reclamar da chuva, ela sabia mais das coisas que nós.

Pois é, já disse aqui que a principal oração, em que a gente se encontra com Deus, é a arte. A arte de viver, a arte de amar, de trabalhar com arte. Mas as belas artes, que segundo o dicionário têm por objeto representar o belo: o desenho, a pintura, a escultura, a arquitetura, a música, a coreografia, a arte dramática, a oratória e a poesia, são o ritual deste encontro. E a música instrumental então, para mim transcende, é alimento para meu corpo emocional, é viajem para meu corpo mental e descanso para este usado corpo físico. Que aliás é para ser usado mesmo.

Pois é, enquanto contemplava aquela multidão de gente com cara de feliz, todo mundo muito bonito, porque ali alimentavam a alma, feliz também eu com minha companheira, desejei muito.

Desejei muito que tal projeto continue, que se multiplique, que possa ir para todas as praças, para todos os cantos da cidade. Que estes cantos se encantem com os cantos possíveis, como eu me encantei, como conversei com Deus.

Que invistam nos músicos que estão buscando seus espaços, com tanto espaço para ser ocupado.

Que descubram que é muito mais social e includente (se não existe isto, acabei de incluir no dicionário) investir em oferecer um prazer que enriquece o espírito, e que o estimula a vôos que tais, do que em programas assistenciais que mais favorecem aos corruptos.

Que descubram que estimular o belo é se aproximar da harmonia, no mínimo ao ouvir a música, e quem sabe de uma harmonia coletiva. Como a que vi por estas praças, tanto é que o Peranzzetta agradeceu a platéia de praça porque parecia de câmara, tamanho o respeito e os aplausos que recebeu.

Parabéns aos promotores, e que continuem e multipliquem tais ações, como um dia multiplicaram o pão e o vinho.

Porque é na sagrada praça, nesta ágora que os gregos nos aplicaram, que podemos orar, confraternizar e nos libertarmos dos medos tantos que querem nos manter trancafiados dentro de espaços ou de casa. Isto é coisa do capeta.

A praça é coisa de Deus.

João Celso, 04/06/2007, em Macacos.

O Ponto

O PONTO

Aquele era realmente um ponto sensato. Ninguém poderia dizê-lo radical em sua posição. Ficava no meio da sala de visitas, assim meio para a esquerda, nem muito para frente, nem muito para trás. Alguns poderiam dizer que era uma posição cômoda e confortável. Não era. Seria mais fácil ao nível do chão, sem sobressaltos. Mas ele estava ali, a mais ou menos um metro de altura. Não era nenhum vôo ousado, mas uma posição até moderada. Era confortável, para nós, seres humanos observadores pôr as vistas nele. Dizia-se que estava em um ponto de vista neutro. Não estava: era mesmo um ponto comprometido com o equilíbrio espacial da sala. Comprometido com a estética e a harmonia de ser e estar no lugar certo. “The point” No tempo, ele já ficou em outras posições diversas. Já esteve mais alto e mais à esquerda. Mas acabou ponderando melhor, e hoje está mais depurado. É uma posição ímpar, prima. Da Vinci, o matemático italiano, certamente teria uma equação geométrica para explicá-lo. Do tipo daquela que explica a Mona Lisa. Leonardo, o artista, sentiria a plenitude da beleza plástica daquele ponto ali naquela posição. E a cor? Nem tons vermelho-amarelados apaixonados nem tons pastéis. Um tom exato que era realçado pela iluminação que chegava, perfeita da janela colonial, e da porta, aberta às boas influências da cidade de bom astral. Só faltava àquele ponto, ter cheiro e tempero, doce e sal, “au point”, contrapontando sua posição. Tudo nos levava, às vezes, ao ponto de rir ou a ponto de chorar. (Francisco Bastos, em Contracontos)

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Assessoria de imprensa: Márcia Francisco (031) 97655956/ 33345956

Aspectos sobre o problema de varizes

Especialista detalha todos os aspectos sobre o problema de varizes

As varizes são estudadas e tratadas desde a antiguidade e se tornou um problema que ataca grande parte da população no dias de hoje. Devido à grande freqüência da doença, a procura é cada vez maior, principalmente das mulheres, pelos tratamentos e para esclarecer dúvidas sobre este assunto. Por esse motivo,o médico da Maternidade Hospital Octaviano Neves, Francisco Reis Bastos, explica sobre a ocorrência dessa doença. Ele é autor do Livro "Varizes, conhecer para prevenir".

As varizes, segundo o médico, ocorrem por um defeito das válvulas e das paredes das veias. As varizes são dilatações dessas veias. Existem dois tipos de ocorrência nos membros inferiores, as veias superficiais que ficam sob a pele, na camada de gordura e que podem ser

visíveis e existem as veias profundas que ficam no meio da musculatura da perna e não são visíveis, e existem ainda as veias comunicantes, que ligam as veias superficiais e profundas. As válvulas orientam o sangue nas veias dos membros, sempre da veia superficial para a profunda, através da veia comunicante, e impedem que o sangue faça o caminho errado, descendo pelas veias, quando a pessoa está de pé ou sentada.

Existem sinais e sintomas que revelam o diagnóstico de varizes. Os sintomas são sempre muito relativos, entretanto os sinais são evidentes. Segundo o especialista, os sintomas são: dor nas pernas, sensação de calor, dormência, cansaço. E os sinais de ocorrência mais importantes são: as veias dilatadas, calor, vermelhidão, eczema, ulcera de estase, manchas escuras.

O médico salienta que os tratamentos variam de acordo com cada caso, mas deve ser primeiro preventivo, ou seja, as pessoas devem ter vida equilibrada com exercícios físicos, não ficar muito tempo em pé ou sentado, hidratar-se e alimentar-se bem. Ele ressalta que a Escleroterapia é um tratamento clássico na área e que se divide em duas fases: a escleroterapia, que é feita com líquidos e entre os quais a glicose hipertônica a 75% destaca-se como melhor opção e é indicada para as pequenas varizes, e a escleroterapia com espuma de aet ou polidocanol, também conhecida como ecoescleroterapia e usada para qualquer tipo e grau das varizes. “A espuma consegue afastar o sangue de dentro da veia doente e promover uma cicatrização maravilhosa. Imediatamente a espuma promove uma contração de 50% do diâmetro da veia e sem o sangue a cicatriz é perfeita. Esse método com espuma, é feito no consultório com acompanhamento de ultrassom que permite ver a espuma e colocá-la no melhor lugar da veia doente”, explica. O médico relata que parece que surgiu uma nova era no tratamento de varizes.

As meias elásticas, apesar de não curarem, controlam a doença não deixando-a piorar e as cirurgias também são indicadas, de acordo com a necessidade do paciente.

Excesso de peso

O excesso de peso é uma das causas de varizes, que se explica pela fisiologia do fluxo venoso. “Quando uma pessoa aumenta de peso, isto se dá, primeiramente, na barriga. A gordura aí acumulada ocupa mais espaço e, conseqüentemente, aumenta a pressão dentro da barriga. Esta pressão atua sobre as veias abdominais comprimindo-as e dificultando a passagem do sangue”, explica o médico.

Assim, nos obesos é mais trabalhosa a drenagem do sangue dos pés para o coração. É uma dificuldade que somada às outras causas, gera as temidas varizes dos membros inferiores. Além disso, a obesidade é fator de risco de, pelo menos, em cem doenças diferentes. Dessa maneira, o controle do peso é prevenção não só para as varizes, mas é sinônimo de qualidade de vida.

Gravidez e menopausa

Tudo aquilo que dissemos da obesidade como fator de risco ou causador de varizes se aplica à gravidez. É um momento dramático para as pernas. Toda aquele mecanismo de doença da obesidade, vai acontecer na gravidez. Ela acarreta enorme aumento de pressão dentro do abdome, isto é, grande obstáculo à passagem do sangue. Todo o sangue dos membros inferiores tem que passar através do abdome para ir ao coração; entretanto, o espaço abdominal está funcionando como uma barreira, impedindo o fluxo normal do sangue e aumentando a pressão dentro do abdome e forçando as veias.

Existem alguns tipos de varizes na gravidez, que após o parto podem voltar ao normal. E há também outro padrão que depois do parto continua deteriorando-se gradativamente.

Outro momento da vida da mulher em que ocorre aumento do número de varizes devido às alterações hormonais é na menopausa. Portanto, o especialista afirma que as mulheres têm mais varizes que os homens. Ele explica que isso ocorre pelos hormônios e pelo aumento da pressão abdominal.