17 de agosto de 2007
Missa Mineira
Músicas
Músicas
10 de agosto de 2007
5 de agosto de 2007
Contracontos
Medicina, Música e Literatura
Varizes & Espumas
31 de julho de 2007
14 de junho de 2007
Contato com o Autor
O recém-lançado livro CONTRACONTOS, de FRANCISCO BASTOS,
já se encontra disponível para aquisição em
todas as LIVRARIAS LEITURA,
AGÊNCIA STATUS (Savassi) e
COOPMED (Faculdade de Medicina)
CONTRACONTOS traz 28 crônicas do autor,
mais de 30 ilustrações do cartunista Nilson Azevedo e prefácio do escritor Olavo Romano.
Música na Praça
Ontem eu fui à praça.
Anteontem eu fui à praça.
E fui à praça em quase todos os dias da semana que passou.
Porque as praças de Belo Horizonte viveram suas vocações.
Porque as praças de Belo Horizonte se tornaram os templos em que a gente de verdade conversa com Deus.
É que rolou uma das mais lindas promoções que já vi por aqui, a Festa da Música.
Foram 10 dias de música instrumental nas praças, museus e espaços públicos, música da melhor qualidade, e gratuita.
Apesar da beleza das apresentações em espaços fechados (Turíbio Santos, Violões do Horizonte, maravilhosos), vou falar das praças.
Na sexta-feira, na praça Floriano Peixoto, fui sozinho, e me encontrei com o povo, com amigos, com a lua cheia e com a poesia. O saxofone do Klebinho Alves, a bateria do André Limão e o piano carioca de Gilson Peranzzetta, que não conhecia. A alma fica grata, porque é um encontro com o divino humano a poesia de tão bela música, ampliada pelo luar beijando a praça.
No sábado, aí com meu amor a meu lado, pois orar na praça a dois vale muito mais tempo de paraíso, assistimos ao maestre (porque é mestre e maestro)
E no domingo não deu pra ver o som sublime de Marcus Viana, mas o som movimentado das cordas de Weber Lopes, o Limão outra vez na bateria, e depois o som iluminado de Yamandu Costa, com a sanfona de Alessandro Kramer. Som iluminado, porque Yamandu fechou a festa com um dos sons mais inspirados que já ouvi. Dava pra perceber a imensa egrégora que ali se juntou, a da turma do aqui, nós todos nas cadeiras, em pé, no anfiteatro formado pelo gramado, e a turma do outro lado, egrégora invisível, ali cantando e bailando, porque foi poderosa a oração de encerramento. Os pingos da chuva convenceram poucos a irem embora, e no mais serviu para umedecer os corações que iam, alto, vivendo o sursum corda que naquela missa se propunha. Yamandu ainda falou, se desculpando por estar seco lá no palco, que o pai dizia que não adiantava reclamar da chuva, ela sabia mais das coisas que nós.
Pois é, já disse aqui que a principal oração, em que a gente se encontra com Deus, é a arte. A arte de viver, a arte de amar, de trabalhar com arte. Mas as belas artes, que segundo o dicionário têm por objeto representar o belo: o desenho, a pintura, a escultura, a arquitetura, a música, a coreografia, a arte dramática, a oratória e a poesia, são o ritual deste encontro. E a música instrumental então, para mim transcende, é alimento para meu corpo emocional, é viajem para meu corpo mental e descanso para este usado corpo físico. Que aliás é para ser usado mesmo.
Pois é, enquanto contemplava aquela multidão de gente com cara de feliz, todo mundo muito bonito, porque ali alimentavam a alma, feliz também eu com minha companheira, desejei muito.
Desejei muito que tal projeto continue, que se multiplique, que possa ir para todas as praças, para todos os cantos da cidade. Que estes cantos se encantem com os cantos possíveis, como eu me encantei, como conversei com Deus.
Que invistam nos músicos que estão buscando seus espaços, com tanto espaço para ser ocupado.
Que descubram que é muito mais social e includente (se não existe isto, acabei de incluir no dicionário) investir em oferecer um prazer que enriquece o espírito, e que o estimula a vôos que tais, do que em programas assistenciais que mais favorecem aos corruptos.
Que descubram que estimular o belo é se aproximar da harmonia, no mínimo ao ouvir a música, e quem sabe de uma harmonia coletiva. Como a que vi por estas praças, tanto é que o Peranzzetta agradeceu a platéia de praça porque parecia de câmara, tamanho o respeito e os aplausos que recebeu.
Parabéns aos promotores, e que continuem e multipliquem tais ações, como um dia multiplicaram o pão e o vinho.
Porque é na sagrada praça, nesta ágora que os gregos nos aplicaram, que podemos orar, confraternizar e nos libertarmos dos medos tantos que querem nos manter trancafiados dentro de espaços ou de casa. Isto é coisa do capeta.
A praça é coisa de Deus.
João Celso, 04/06/2007, em Macacos.
O Ponto
O PONTO
Aquele era realmente um ponto sensato. Ninguém poderia dizê-lo radical em sua posição. Ficava no meio da sala de visitas, assim meio para a esquerda, nem muito para frente, nem muito para trás. Alguns poderiam dizer que era uma posição cômoda e confortável. Não era. Seria mais fácil ao nível do chão, sem sobressaltos. Mas ele estava ali, a mais ou menos um metro de altura. Não era nenhum vôo ousado, mas uma posição até moderada. Era confortável, para nós, seres humanos observadores pôr as vistas nele. Dizia-se que estava em um ponto de vista neutro. Não estava: era mesmo um ponto comprometido com o equilíbrio espacial da sala. Comprometido com a estética e a harmonia de ser e estar no lugar certo. “The point” No tempo, ele já ficou em outras posições diversas. Já esteve mais alto e mais à esquerda. Mas acabou ponderando melhor, e hoje está mais depurado. É uma posição ímpar, prima. Da Vinci, o matemático italiano, certamente teria uma equação geométrica para explicá-lo. Do tipo daquela que explica a Mona Lisa. Leonardo, o artista, sentiria a plenitude da beleza plástica daquele ponto ali naquela posição. E a cor? Nem tons vermelho-amarelados apaixonados nem tons pastéis. Um tom exato que era realçado pela iluminação que chegava, perfeita da janela colonial, e da porta, aberta às boas influências da cidade de bom astral. Só faltava àquele ponto, ter cheiro e tempero, doce e sal, “au point”, contrapontando sua posição. Tudo nos levava, às vezes, ao ponto de rir ou a ponto de chorar. (Francisco Bastos, em Contracontos)
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Aspectos sobre o problema de varizes
Especialista detalha todos os aspectos sobre o problema de varizes | | |
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As varizes são estudadas e tratadas desde a antiguidade e se tornou um problema que ataca grande parte da população no dias de hoje. Devido à grande freqüência da doença, a procura é cada vez maior, principalmente das mulheres, pelos tratamentos e para esclarecer dúvidas sobre este assunto. Por esse motivo,o médico da Maternidade Hospital Octaviano Neves, Francisco Reis Bastos, explica sobre a ocorrência dessa doença. Ele é autor do Livro "Varizes, conhecer para prevenir". As varizes, segundo o médico, ocorrem por um defeito das válvulas e das paredes das veias. As varizes são dilatações dessas veias. Existem dois tipos de ocorrência nos membros inferiores, as veias superficiais que ficam sob a pele, na camada de gordura e que podem ser | |
visíveis e existem as veias profundas que ficam no meio da musculatura da perna e não são visíveis, e existem ainda as veias comunicantes, que ligam as veias superficiais e profundas. As válvulas orientam o sangue nas veias dos membros, sempre da veia superficial para a profunda, através da veia comunicante, e impedem que o sangue faça o caminho errado, descendo pelas veias, quando a pessoa está de pé ou sentada.
Existem sinais e sintomas que revelam o diagnóstico de varizes. Os sintomas são sempre muito relativos, entretanto os sinais são evidentes. Segundo o especialista, os sintomas são: dor nas pernas, sensação de calor, dormência, cansaço. E os sinais de ocorrência mais importantes são: as veias dilatadas, calor, vermelhidão, eczema, ulcera de estase, manchas escuras.
O médico salienta que os tratamentos variam de acordo com cada caso, mas deve ser primeiro preventivo, ou seja, as pessoas devem ter vida equilibrada com exercícios físicos, não ficar muito tempo em pé ou sentado, hidratar-se e alimentar-se bem. Ele ressalta que a Escleroterapia é um tratamento clássico na área e que se divide em duas fases: a escleroterapia, que é feita com líquidos e entre os quais a glicose hipertônica a 75% destaca-se como melhor opção e é indicada para as pequenas varizes, e a escleroterapia com espuma de aet ou polidocanol, também conhecida como ecoescleroterapia e usada para qualquer tipo e grau das varizes. “A espuma consegue afastar o sangue de dentro da veia doente e promover uma cicatrização maravilhosa. Imediatamente a espuma promove uma contração de 50% do diâmetro da veia e sem o sangue a cicatriz é perfeita. Esse método com espuma, é feito no consultório com acompanhamento de ultrassom que permite ver a espuma e colocá-la no melhor lugar da veia doente”, explica. O médico relata que parece que surgiu uma nova era no tratamento de varizes.
As meias elásticas, apesar de não curarem, controlam a doença não deixando-a piorar e as cirurgias também são indicadas, de acordo com a necessidade do paciente.
Excesso de peso
O excesso de peso é uma das causas de varizes, que se explica pela fisiologia do fluxo venoso. “Quando uma pessoa aumenta de peso, isto se dá, primeiramente, na barriga. A gordura aí acumulada ocupa mais espaço e, conseqüentemente, aumenta a pressão dentro da barriga. Esta pressão atua sobre as veias abdominais comprimindo-as e dificultando a passagem do sangue”, explica o médico.
Assim, nos obesos é mais trabalhosa a drenagem do sangue dos pés para o coração. É uma dificuldade que somada às outras causas, gera as temidas varizes dos membros inferiores. Além disso, a obesidade é fator de risco de, pelo menos, em cem doenças diferentes. Dessa maneira, o controle do peso é prevenção não só para as varizes, mas é sinônimo de qualidade de vida.
Gravidez e menopausa
Tudo aquilo que dissemos da obesidade como fator de risco ou causador de varizes se aplica à gravidez. É um momento dramático para as pernas. Toda aquele mecanismo de doença da obesidade, vai acontecer na gravidez. Ela acarreta enorme aumento de pressão dentro do abdome, isto é, grande obstáculo à passagem do sangue. Todo o sangue dos membros inferiores tem que passar através do abdome para ir ao coração; entretanto, o espaço abdominal está funcionando como uma barreira, impedindo o fluxo normal do sangue e aumentando a pressão dentro do abdome e forçando as veias.
Existem alguns tipos de varizes na gravidez, que após o parto podem voltar ao normal. E há também outro padrão que depois do parto continua deteriorando-se gradativamente.
Outro momento da vida da mulher em que ocorre aumento do número de varizes devido às alterações hormonais é na menopausa. Portanto, o especialista afirma que as mulheres têm mais varizes que os homens. Ele explica que isso ocorre pelos hormônios e pelo aumento da pressão abdominal.